Num congresso internacional de medicina.
O médico alemão diz:
Na Alemanha, fazemos transplantes de dedo. Em 4 semanas o paciente
está procurando emprego.
O médico espanhol afirma:
A medicina espanhola é tão avançada que conseguimos fazer um
transplante de cérebro. Em 6 semanas o paciente está procurando
emprego.
O médico russo diz:
Fazemos um transplante de peito. Em 1 semana o camarada pode procurar
emprego.
O médico grego disse:
Temos um trabalho de recuperação de bêbados. Em 15 dias o indivíduo
pode procurar emprego.
O médico português diz orgulhoso:
Isso não é nada! Em Portugal, nós arranjamos um homem sem cérebro,
sem consciência, sem peito, mentiroso, corrupto, e elegêmo-lo primeiro
ministro.
Em 5 anos o país inteiro está quase todo à procura de emprego.
RT- 9420
By Pedro Ribeiro.
*13 de Setembro de 2010*
O dia em que aprendi o que é estar morto.
Hoje, estive morto. Senti que toda a vida se escapava pelo ar que, aflito e
a custo, respirava, enquanto as lágrimas eram gritadas, louco no carro, os
olhos à procura, à procura, à procura.
Morri, ali.
A minha filha deveria sair da Escola de Santo António, na Parede, apanhar
uma carrinha do ATL e eu ia buscá-la.
O que é que aconteceu? O cartão da escola, que supostamente controla as
entradas e saídas dos alunos, valeu zero. Ela saiu, porque viu uma carrinha
de ATL e entrou. Era o ATL errado. Ninguém lhe perguntou o nome, não houve
uma chamada, nada. Ela entrou com uma colega e só após duas horas de aflição
indizível, comigo à procura dela por todo o lado, é que o telefone tocou. De
um "After School", a perguntar se eu era o pai de uma Mafalda Ribeiro, que
eles tinham, aflita, a pedir para ligarem ao pai. Aliás foi ela que falou:
"papá?"
Durante duas horas, morri. Percorri ruas de possíveis percursos, olhei para
todas as sombras, parques infantis, supermercados, escola antiga, liguei
para os pais de colegas dela, todos os absurdos e horrores passaram pela
minha cabeça, chamei o seu nome, entre choro, em ruas e em todos os recantos
da escola. Nada. Evaporou-se. Horrível. Uma tristeza, uma aflição, um horror
que nunca mais vou esquecer. E quando o telefone tocou e era ela, aquela voz
doce da minha princesa, minha vida, meu ar, meu sopro de vida, eu soube o
que era renascer. E desfiz-me em lágrimas de novo, e dali até ao tal After
School, que teve a minha filha à sua guarda por engano, até ela pedir para
ligarem ao pai, levei um segundo e levei toda a vida. Obrigado meu Deus,
obrigado! Estacionei às três pancadas, voei em passo trocado de nervos, pela
rua fora, Mafaldinha, Mafaldinha, Mafaldinha, cego de amor aflito, só há
descanso e vida quando a abraçar e estiver tudo bem.
Quando a abracei, e ela, agarrada a mim, me disse, apenas: "Olá Papá" eu
soube que tinha renascido. E ela também, coitadinha.
Como cartão de visita da nova escola, estou esclarecido. Tantas referências
boas e afinal é isto: no primeiro dia, por maioria de razão, deveria
existir um ainda mais rigoroso controlo de entradas e saídas, mas quando
cheguei o portão estava escancarado, como deveria estar quando a Mafalda viu
uma carrinha do ATL a chegar, estava na hora e ela saiu da escola e entrou
na carrinha. Ninguém perguntou nada, ninguém fez nada.
E um ATL mete um grupo de crianças numa carrinha, não pergunta nomes, não
verifica nada e só ao fim de duas horas é que, perante a aflição de uma
criança de 10 anos a pedir para ligarem ao pai é que se acaba com este
horror?
Quando penso na forma como desaparecem crianças, para sempre, todos os
dias, penso que esses pais e filhos terão sentido isto, e muitos, mesmo
sobrevivendo, morreram para sempre.
Eu tive a sorte de poder renascer.
E sei que, a partir de hoje, ganhei uma nova causa: fazer tudo o que
estiver ao meu alcance para contribuir para uma Escola responsável, atenta,
segura, onde os nossos filhos aprendem e podemos, enquanto pais, estar
descansados.
Quando depois desta tarde de horror, fui buscar o pequeno Gonçalo ao
colégio e ele me disse, comprometido, "Papá, parti os óculos a jogar à bola"
eu disse para mim: que importância é que isso tem? Nenhuma, realmente, não
tem nenhuma importância.
Não podia dizer-lhe que o pai hoje tinha aprendido o que é morrer, e tinha
tido a bênção de poder nascer de novo.
RT - 9354
Tive oportunidade de matar saudades deste grande amigo, desta feita por 3 vezes, uma no norte em casa de outro grande amigo e 2 no centro, pena é que esteja de partida para bem longe, mas mais um ano e eles regressam.
Desejo boa viagem e rapido regresso.
aquele abraço.
RT - 9266